sábado, 10 de julho de 2010

me leve para onde o sol não se põe


Você sabe que o sol persegue a lua,
é o que nos põe na rua.
O gozo pré pago sacia a carne crua.
Esse amor astrônomico, doce e suave,
cantado no escuro, sem dó e sem clave,
com frio e com sede.
Sentindo essa areia quente,
delirou-se entre quatro paredes.
e então, se rendeu ao flerte.

O frio congelante,
resfriando seu sangue,
derretendo sua mente,
de triste a contente.
Pega, morde e saboreia,
essa é a ultima maçã da serpente.

Silêncio, solitário, e agoniante.
acende um cigarro e toma um velho whisky,
porque a doce flora não volta mais.
assim se vai a paz desse rapaz,
incapaz de ser e sem crer.
pensava diariamente no espectro,
não queria viver.

voe meu querido,
vá onde você achar melhor.
Voe meu querido,
pois a terra está em chamas.

você não precisa fazer parte desse egoísmo compartilhado.